Bíblia em Contos

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A Fidelidade de Deus na Vida de Eliabe

No coração de Jerusalém, em um tempo em que a cidade brilhava sob o sol dourado do meio-dia, vivia um homem chamado Eliabe. Ele era conhecido por sua piedade e compaixão, um homem que temia ao Senhor e que, como diz o Salmo 41, considerava os necessitados. Eliabe não era rico em bens materiais, mas sua alma transbordava de riquezas espirituais. Ele passava seus dias ajudando os pobres, visitando os enfermos e consolando os aflitos. Sua casa era um refúgio para os desamparados, e sua mesa, sempre aberta para compartilhar o pouco que tinha.

Certa vez, Eliabe adoeceu gravemente. Uma febre alta o consumia, e sua força se esvaía como água derramada no chão. Ele jazia em sua cama, fraco e debilitado, enquanto os dias se arrastavam lentamente. Seus amigos mais próximos, que antes o admiravam por sua bondade, começaram a se afastar. Alguns sussurravam que sua doença era um castigo divino, enquanto outros simplesmente o evitavam, temendo contrair o mesmo mal. Até mesmo aqueles em quem ele mais confiava, como seu amigo de infância, Jonas, começaram a agir de forma estranha, visitando-o cada vez menos e, quando o faziam, suas palavras eram frias e distantes.

Eliabe, em sua fraqueza, clamou ao Senhor: “Ó Deus, tem misericórdia de mim! Cura a minha alma, pois pequei contra Ti.” Ele sabia que, embora fosse um homem justo, não era perfeito. Reconhecia suas falhas e buscava o perdão divino. Enquanto orava, sentiu uma paz profunda invadir seu coração, como um rio tranquilo que acalma a alma. Ele sabia que o Senhor não o abandonaria, pois o Salmo 41 diz: “Bem-aventurado é aquele que considera o pobre; o Senhor o livrará no dia do mal. O Senhor o guardará e o preservará em vida; será abençoado na terra.”

No entanto, a provação de Eliabe não terminou ali. Jonas, seu amigo de longa data, começou a espalhar rumores sobre ele. Em segredo, Jonas visitava os líderes da cidade, dizendo: “Eliabe está colhendo o que plantou. Sua doença é um sinal de que ele não é tão justo quanto parece.” Essas palavras chegaram aos ouvidos de Eliabe, e ele sentiu uma dor ainda maior do que a febre que o consumia. A traição de alguém tão próximo era como uma facada nas costas, uma ferida que sangrava em sua alma.

Mas Eliabe não permitiu que a amargura tomasse conta de seu coração. Ele se lembrou das palavras do salmista: “Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar.” Ele sabia que, mesmo na dor, precisava confiar no Senhor. Então, ele orou novamente: “Senhor, levanta-me, para que eu lhes retribua. Por isso sei que Te agradas de mim, pois o meu inimigo não triunfa sobre mim.”

E, de fato, o Senhor ouviu a oração de Eliabe. Aos poucos, sua saúde começou a melhorar. A febre baixou, e sua força retornou como a luz da manhã após uma noite escura. Quando ele se levantou de sua cama, sua primeira ação foi agradecer a Deus. Ele sabia que sua recuperação não era apenas física, mas também espiritual. O Senhor o havia sustentado em seu leito de enfermidade e o havia restaurado completamente.

Jonas, ao ver que Eliabe estava curado, sentiu-se envergonhado. Ele percebeu que suas ações haviam sido motivadas pela inveja e pelo medo. Arrependido, ele foi até Eliabe e pediu perdão. Eliabe, com um coração cheio de graça, o perdoou, dizendo: “O Senhor é misericordioso e compassivo. Ele nos ensina a perdoar assim como Ele nos perdoa.”

A história de Eliabe se espalhou por Jerusalém, e muitos passaram a ver nele um exemplo de fé e perseverança. Ele continuou a ajudar os necessitados, mas agora com ainda mais compaixão, pois havia experimentado a dor da enfermidade e a traição. Ele sabia que, como diz o Salmo 41, o Senhor o sustentara em sua fraqueza e o colocara em Sua presença para sempre.

E assim, Eliabe viveu o resto de seus dias como um testemunho vivo da fidelidade de Deus. Sua vida era um reflexo das palavras finais do salmo: “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, de eternidade a eternidade! Amém e amém.”

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