**A Sabedoria e a Glória do Reinado de Salomão**
No auge do reinado de Salomão, filho de Davi, Israel experimentou uma era de paz e prosperidade sem precedentes. O Senhor havia abençoado o rei com sabedoria incomparável, e sua fama se espalhava por todas as nações ao redor. O povo de Israel vivia em segurança, cada família sob sua videira e sua figueira, desfrutando dos frutos da terra que o Senhor lhes havia dado.
Salomão governava sobre todo o Israel, e sua administração era marcada por organização e eficiência. Ele estabeleceu doze oficiais sobre todo o Israel, cada um responsável por prover mantimentos para a casa do rei durante um mês do ano. Esses homens eram líderes experientes, escolhidos por sua lealdade e capacidade. Eles garantiam que o palácio real nunca faltasse nada, e que o povo também fosse suprido adequadamente.
A provisão diária para o palácio era impressionante: trinta coros de flor de farinha, sessenta coros de farinha comum, dez bois cevados, vinte bois de pasto, cem ovelhas, além de cervos, gazelas, cabritos monteses e aves cevadas. A mesa de Salomão era farta, refletindo a riqueza e a estabilidade de seu reino. Tudo isso era possível porque o Senhor havia abençoado a terra, fazendo-a produzir em abundância.
Os doze oficiais eram homens de grande reputação, e cada um governava uma região específica de Israel. Eles cuidavam das cidades, dos campos e dos rebanhos, garantindo que a produção agrícola e pecuária fosse suficiente para sustentar o reino. Entre eles estavam nomes como Ben-Hur, que governava a região montanhosa de Efraim; Ben-Dequer, responsável por Macaz, Saalbim, Bete-Semes e Elon-Bete-Hanã; e Ben-Hesede, que cuidava de Arubote, Socó e toda a terra de Héfer. Cada um desses homens era fiel e dedicado, trabalhando incansavelmente para manter a ordem e a prosperidade do reino.
Além disso, Salomão estabeleceu uma frota de navios em Eziom-Geber, próximo a Elate, no mar Vermelho. Esses navios, comandados por marinheiros experientes, traziam riquezas de terras distantes, como ouro, prata, marfim, madeiras preciosas e até mesmo animais exóticos. A fama de Salomão se espalhava ainda mais, e reis e rainhas de outras nações vinham até Jerusalém para ouvir sua sabedoria e admirar a grandeza de seu reino.
A sabedoria de Salomão era um dom divino, concedido pelo Senhor em resposta à sua humilde oração. Ele compôs três mil provérbios e mil e cinco cânticos, e sua compreensão das plantas, dos animais e dos fenômenos naturais era incomparável. Pessoas de todas as nações vinham para ouvir suas palavras, maravilhadas com a profundidade de seu conhecimento. A rainha de Sabá, por exemplo, viajou de terras distantes para testar Salomão com perguntas difíceis, e ficou impressionada com a sabedoria que ele demonstrou.
O reinado de Salomão foi marcado não apenas por riqueza e sabedoria, mas também por justiça e equidade. Ele estabeleceu um sistema de governo que garantia o bem-estar de todos os cidadãos, desde os mais humildes até os mais poderosos. O povo de Israel vivia em paz, sem medo de invasões ou conflitos, e a presença do Senhor era evidente em cada aspecto da vida nacional.
No entanto, Salomão nunca se esqueceu de que toda a sua sabedoria e riqueza vinham de Deus. Ele construiu o templo do Senhor em Jerusalém, um lugar de adoração e sacrifício, onde o povo podia se aproximar de Deus e oferecer suas ofertas. O templo era um símbolo da aliança entre Deus e Israel, e Salomão dedicou grande parte de seu tempo e recursos para garantir que fosse construído com excelência e reverência.
Assim, o reinado de Salomão se tornou um exemplo de como um líder pode governar com sabedoria e justiça, sempre buscando a orientação e a bênção de Deus. O povo de Israel desfrutou de anos de paz e prosperidade, e o nome do Senhor foi glorificado em todas as nações. A história de Salomão nos lembra que a verdadeira sabedoria vem de Deus, e que Ele abençoa aqueles que O buscam de todo o coração.
