**A História de José na Casa de Potifar**

No Egito, uma terra de rios caudalosos, desertos vastos e pirâmides que tocavam o céu, vivia um jovem chamado José. Ele não era egípcio, mas sim um hebreu, filho de Jacó, que havia sido trazido para aquela terra como escravo. José, porém, não era um escravo comum. Ele carregava consigo uma bênção divina, uma presença do Senhor que o acompanhava em todos os seus caminhos.

José havia sido vendido por seus irmãos invejosos a mercadores ismaelitas, que o levaram para o Egito. Lá, ele foi comprado por Potifar, um oficial de Faraó, capitão da guarda. Potifar era um homem influente e poderoso, mas logo percebeu que havia algo especial em José. O Senhor estava com ele, e tudo o que José fazia prosperava. Potifar, observando a sabedoria e a diligência do jovem hebreu, decidiu colocá-lo como supervisor de sua casa, confiando-lhe todos os seus bens.

A casa de Potifar era grandiosa, com colunas de mármore, jardins exuberantes e salões adornados com tapeçarias finas. José, agora encarregado de tudo, administrava com sabedoria e integridade. Ele cuidava dos servos, supervisionava as colheitas, gerenciava os tesouros e garantia que nada faltasse. O Senhor abençoava a casa de Potifar por causa de José, e a prosperidade era evidente em cada canto.

No entanto, nem tudo era simples na vida de José. A esposa de Potifar, uma mulher de beleza impressionante, mas de caráter fraco, começou a notar o jovem hebreu. José era bem apessoado e de semblante agradável, e ela não conseguia desviar os olhos dele. Dia após dia, ela tentava seduzi-lo, usando palavras suaves e olhares insistentes. “José, vem até mim”, ela dizia, com voz melíflua, enquanto ele se ocupava com suas tarefas.

Mas José era um homem de princípios. Ele sabia que ceder àquela tentação seria uma traição não apenas a Potifar, que confiava nele, mas também a Deus. Ele respondeu com firmeza: “Veja, meu senhor não se preocupa com nada em sua casa, e tudo o que ele tem ele colocou sob minha responsabilidade. Ninguém nesta casa tem mais autoridade do que eu, e ele não me negou coisa alguma, exceto a você, porque você é sua esposa. Como poderia eu cometer tamanha maldade e pecar contra Deus?”

A mulher de Potifar, porém, não desistiu. Ela insistia dia após dia, mas José se mantinha firme, evitando sua presença e recusando-se a ceder. Até que um dia, quando todos os servos estavam fora da casa, ela o agarrou pelo manto e disse: “Deita-te comigo!” José, porém, reagiu rapidamente. Ele deixou o manto nas mãos dela e fugiu para fora da casa, preferindo perder sua roupa a perder sua integridade.

Humilhada e furiosa, a mulher de Potifar começou a gritar, chamando os servos. Quando eles chegaram, ela mostrou o manto de José e acusou-o falsamente: “Veja! O hebreu que vocês trouxeram para cá veio para zombar de nós! Ele entrou aqui para se deitar comigo, mas eu gritei, e ele fugiu, deixando o manto para trás.”

A notícia chegou aos ouvidos de Potifar, e ele ficou irado. Sem ouvir a defesa de José, ele ordenou que o jovem fosse jogado na prisão do rei, um lugar escuro e sombrio, onde os prisioneiros gemiam em correntes. José, que havia sido fiel a Deus e a seu senhor, agora estava encarcerado, injustamente acusado.

Mas mesmo na prisão, o Senhor estava com José. Ele concedeu a ele favor aos olhos do carcereiro-chefe, que logo o colocou como responsável por todos os outros prisioneiiros. Tudo o que José fazia prosperava, e ele continuava a confiar em Deus, mesmo em meio à escuridão. A história de José não terminaria ali, pois o Senhor tinha um plano maior para ele, um plano que envolvia salvação e redenção.

E assim, José, o jovem hebreu, continuou a caminhar pela fé, sabendo que o Deus de seus pais estava no controle de todas as coisas, mesmo quando o caminho parecia obscuro e cheio de desafios.